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Servidores que denunciaram altos salários no TJ se dizem ameaçados

O conselheiro José Adonis Callou de Araújo Sá pediu à Corregedoria Nacional de Justiça que investigue "supostas ameaças" contra servidores que denunciaram irregularidades na folha do Tribunal de Justiça da Bahia. José Adonis é relator do processo no Conselho Nacional de Justiça sobre distorções causadas na folha do TJ, provocada pelo adicional de função, cujo pagamento foi suspenso.

Servidor na Comarca de Paulo Afonso, Cecílio Almeida Matos afirma ter recebido telefonemas ameaçadores de números não identificados.

"No orkut, também recebi mensagens para eu ter cuidado com a minha vida, dizendo que eu estava marcado para morrer", diz Cecílio, que já cumpriu pena em Sergipe, pelo crime de estelionato. "Já fui depois inocentado", diz.

"Os documentos digitalizados nos eventos 97 ao 108 noticiam supostas ameaças contra os servidores que figuram como requerentes neste procedimento.

Encaminhem-se cópias dos mencionados documentos à Corregedoria Nacional de Justiça para conhecimento e providências que entender pertinentes", lê-se no despacho do conselheiro.

A TARDE apurou que outro servidor foi ao Ministério Público Estadual denunciar que teria sido xingado e ameaçado por funcionários na sede do TJ-BA, durante a greve dos servidores, encerrada na semana passada. O TJ não recebeu notificação oficial e não vai se pronunciar. A Assembleia Legislativa aprovou a criação da gratificação Condições Especiais de Trabalho (CET), que deve ser usada no lugar do adicional de função.

O conselheiro pediu que a secretaria do CNJ junte aos autos a lei aprovada na AL. Ainda não há data para que órgão julgue o processo de irregularidades na folha do TJ-BA.

FLÁVIO COSTA