OAB na TV debate gestão jurídica
O programa recebeu o presidente da Comissão de Direito Empresarial, Gustavo de Góis
Elemento importante para a saúde financeira dos escritórios de advocacia, a gestão jurídica foi tema da entrevista do presidente da Comissão de Direito Empresarial, Gustavo de Góis, ao OAB na TV desta quarta-feira (02).
Apresentado por Milena Barreto, o programa é realizado em parceria com a Fundação Paulo Jackson e Assembleia Legislativa da Bahia e vai ao ar todas as quartas-feiras, no perfil da Seccional no Instagram.
Segundo Gustavo, diante da necessidade cada vez maior de especialização, o advogado tem deixado de lado a gestão jurídica do escritório, elemento que considera essencial para a saúde financeira do negócio.
"Com um cliente cada vez mais informado, o advogado busca focar em sua especialização e acaba delegando menos tempo ao seu próprio negócio, o que é equivocado, porque a gestão jurídica está diretamente associada ao desenvolvimento das estratégias para competir no mercado", disse.
Para desenvolver um plano de gestão, o advogado destacou que é fundamental desenhar a missão, visão e valores do escritório.
"Além disso, é recomendável, também, definir os fatores fortes e fracos do negócio e as matrizes necessárias para medir as suas forças, oportunidades e fraquezas, com ampla visão do serviço oferecido no mercado", explicou.
Sobre as novas condições de trabalho diante da pandemia, Gustavo disse que, mesmo com as dificuldades, as oportunidades podem ser extraídas, mas que é preciso o profissional estar preparado.
"Apesar de estarmos passando por um momento conturbado, temos um campo fértil com várias possibilidades de atuação para o advogado. Mas, para isso, ele precisa prestar um serviço jurídico de qualidade, nichando bem o cliente e montando estrategicamente os pontos para alcançar seus objetivos", pontuou.
O advogado encerrou a entrevista com dicas de gestão, que devem ser revisadas diariamente pelos sócios do negócio.
"É importante conhecer os gastos e ganhos da empresa por meio de uma boa gestão financeira e calcular o ‘h/h’ (hora/homem), para saber se o valor da hora do profissional condiz com a realidade do escritório", concluiu.