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Homenagem a Luiz Gama na OAB-BA marca encerramento do curso Marxismo e Pan Africanismo

Uma homenagem ao advogado e abolicionista Luiz Gama marcou o encerramento do I Ciclo de Formação do Curso Marxismo e Pan africanismo, que aconteceu entre os dias 20 a 24 de agosto. O curso foi uma iniciativa coletiva construída por organizações populares do estado da Bahia em parceria com a UFBA. Participaram da aula o presidente do Instituto Luiz Gama, Silvio Luiz de Almeida, a integrante da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial, Jamme Jesus Freitas, o presidente da Comissão Estadual da Verdade Sobre a Escravidão Negra no Brasil, Alexandre Hermes, o advogado e coordenador do curso, Mario Soares, e o presidente do Instituto Pedras do Raio, Sérgio São Bernardo. Silvio Luiz de Almeida relembrou que este ano comemoramos os 130 anos da abolição e, neste dia 24 de agosto, se comemora também uma década de fundação do Instituto Luiz Gama. "Esse momento nos torna ainda mais responsáveis por tudo aquilo que temos que construir diante daquilo que estamos vivendo nesse país e no mundo", frisou.  Jamme Freitas destacou que a realização do ciclo e a homenagem ao abolicionista Luiz Gama ajudaram a despertar nas novas gerações que a luta contra o racismo não é algo novo. "A maioria do nosso público é estudante e é muito importante que esses jovens saibam que essa luta não vem de agora e que a visibilidade que nós estamos tendo nesse momento precisa ser aproveitada. Os espaços devem ser preenchidos com qualidade". De acordo com Mario Soares, o I Ciclo de Formação do Curso Marxismo e Pan africanismo foi possível graças a união de forças daqueles que buscam fazer a diferença em relação à luta contra o preconceito racial. "Isso é só o trabalho coletivo. Esperamos que mais pessoas possam somar nessa caminhada, que mais companheiros e companheiras compreendam a centralidade da questão racial no processo da transformação do nosso país". Para Sérgio São Bernardo, o curso marcou uma nova forma de enxergar assuntos que são caros à sociedade brasileira. "No momento atual do Brasil, promover um curso de Marxismo e Pan africanismo é um demarcador de campo histórico, político e uma forma de elaborarmos um projeto político de confrontação", disse.