A OAB da Bahia entregou, na tarde da última quarta-feira (16/09), 169 carteiras a advogados em solenidade especial realizada no Salão Lótus do Fiesta Bahia Hotel (Itaigara). Coordenada pelo presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, a mesa alta da cerimônia contou com a presença do diretor tesoureiro da seccional, Carlos Medauar, do ouvidor-geral, Adilson Affonso, do conselheiro Eduardo Rodrigues, do diretor de relacionamento com o interior da OAB Jovem, Hermes Hilarão, da chefe de gabinete da Presidência, Ana Paula Mendonça, e de Lucília Navarro e Sílvia Almeida, representando as mães dos advogados, e Arnaldo Costa Júnior, representando os pais. Em seu discurso, Luiz Viana voltou a falar sobre a crise do Judiciário baiano, tendo como base as informações divulgadas pelo “Justiça em Números”: “Os dados do CNJ que acabaram de sair demonstram que o Judiciário baiano é o pior em produtividade no Brasil e o sétimo mais caro. Só no ano passado, o TJ/BA gastou R$ 1,6 bilhão com pessoal. E o pior é que ele não funciona, porque existe falta de gestão, falta de pessoal e falta de boa remuneração, o que faz com que cheguemos à conclusão de que advogar na Bahia é um inferno”, pontuou. Entretanto, apesar de reconhecer a crise, Viana voltou a afirmar que “é possível continuar a sonhar”: “Mesmo enfrentando a maior crise do Judiciário baiano, ainda podemos ter esperança. Ainda é possível advogar na Bahia e correr atrás dos sonhos, ganhando um dinheiro justo num país em que está perdendo a dimensão do que é ser honesto e ético. E, neste sentido, quero deixar claro que a OAB-BA faz questão de que, garantidos o contraditório, a presunção de inocência e a ampla defesa, todos aqueles que tiverem que responder à Polícia e à Justiça paguem pelos seus crimes”, destacou. Com discurso semelhante, o paraninfo da cerimônia, Eduardo Rodrigues, também falou sobre a necessidade de mudança no país: “Precisamos de um novo compromisso social que envolva toda a sociedade em busca de um futuro melhor e de um novo Brasil. Para isso, precisamos de homens e mulheres com muita coragem. A advocacia não é uma profissão para covardes. E tenho certeza que vocês já têm a coragem necessária para podermos mudar nossa nação”, afirmou. Além dos discursos, a solenidade contou com a tradicional execução do hino nacional e a leitura do compromisso de advogados. Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)