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Comissão da Igualdade Racial debate racismo institucional na mídia

A Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial promoveu nesta segunda-feira (21) o debate "Como enfrentar o  Racismo Institucional na Mídia Brasileira?". O evento contou com representantes de diferentes entidade que lutam pela igualdade racial e valorização do negro. Participaram do debate a presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial, Dandara Pinho, a vice-presidente da OAB-BA, o secretário-geral adjunto Pedro Nizan, a presidente Nacional da Unegro Nacional, Ângela Guimarães, a procuradora do Ministério Público do Trabalho e coordenadora nacional da Comissão de Igualdade Racial do MPT Valdirene Assis, o membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA Tiago Freitas, a historiadora e membro da Rede de Feministas Anti-proibicionistas Anne Rodrigues, a membro do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra Miriam Cachoeira, o membro da Associação de Advogados pela Democracia Mario Soares, a membro do Nordeste Sou Adrieele do Carmo, o membro do Coletivo Tela Preta José Carlos e membro do Coletivo de Entidades Negras Marcos Rezende. De acordo com Dandara Pinho, essa audiência pública promovida pela OAB-BA foi de fundamental importância visto a igualdade racial é uma pauta que constantemente é visitada. "Aproveitamos para realizar uma atividade que dialogasse com a implementação do Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa", explicou. A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, contou que a pauta da mulher e do negro fazem parte da história dela na Ordem. "Na minha passagem pela OAB não poderia deixar de estar ao lado daqueles que fazem parte da minha história. Fico muito feliz de ver o auditório cheio porque esta ocupação de espaço nos interessa. Digo a todos vocês que esta é a casa da liberdade, da igualdade e de cada um de nós". Para Ângela Guimarães, a OAB-BA ter abraçado esta pauta reforça a esperança na luta pela igualdade racial. "Quando vê que o chamado para esta audiência pública tem ressonância e a presença de pessoas da área artística, estudantes, representantes do Ministério Público, advogados e advogadas ficamos mais esperançosos". Tiago Freitas, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA, destacou que a presença dos negros e negras nos espaços de poder é fundamental por cumprir uma função contra-hegemônica. "Nós precisamos aparecer porque nós sabemos da representatividade que precisamos ter", afirmou. De acordo com Valdirene Assis, procuradora do Ministério Público do Trabalho, para entender a real situação dos negros e negras no nosso país é preciso compreender a história desse povo, sobretudo no que diz respeito ao processo de escravidão. "A Lei Áurea trouxe apenas a abolição formal da escravidão, porque ainda exclusão dos trabalhadores e trabalhadoras, cidadãs e cidadãos negros na nossa sociedade". Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)