O OAB TV desta quarta-feira (7) recebeu o vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Luiz Viana Queiroz, que falou a respeito da campanha Diretas Já na OAB. O OAB na TV é apresentado por Milena Barreto e realizado em parceria com a Fundação Paulo Jackson e Assembleia Legislativa da Bahia. 

Em virtude da pandemia causada pelo coronavírus, a entrevista não aconteceu no estúdio da TV ALBA, como rotineiramente, mas em live no Instagram, transmitida pelo perfil da Seccional, @oab.bahia. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras, às 9h, e a live fica disponível por 24 horas no perfil da OAB-BA. Hoje, excepcionalmente, o programa foi exibido às 18h.

O movimento Diretas Já busca estabelecer a eleição direta com voto federativo para a escolha dos diretores que compõem o Conselho Federal da Ordem. A campanha vem sendo bem aceita pelos advogados e advogadas de todo o Brasil e o abaixo assinado do movimento já conta com mais de seis mil assinaturas. Essas serão levadas ao presidente Felipe Santa Cruz e, em seguida, ao Congresso Nacional para que seja encaminhada a mudança. 

Luiz Viana lembrou que a advocacia e OAB sempre estiveram na vanguarda das questões democráticas do nosso país e que as eleições diretas para o Conselho Federal só vem reforçar essa vocação da instituição. "Defendo que podemos fazer um trabalho legal na democratização da OAB. A utilização da tecnologia, por exemplo, pode ampliar a participação dos colegas e outra forma de fazer isso é com eleição direta para a Diretoria do Conselho Federal. Com isso, vamos ampliar a participação e a legitimação na classe", afirmou.

Atualmente, o presidente do Conselho Federal é escolhido pelos conselheiros federais eleitos por cada estado. Esses, por sua vez, são eleitos através do voto direto pelos advogados e advogadas inscritos em cada uma das 27 seccionais, juntamente com os conselheiros seccionais e membros das diretorias e dirigentes das Caixas de Assistência. O que está sendo proposto pela campanha Diretas Já é o voto federativo, onde a vitória em cada estado contará como um ponto na disputa para presidente do Conselho Federal.

Para Luiz Viana, essa mudança no modelo eleitoral trará um maior engajamento da advocacia com os seus dirigentes e, consequentemente, fortalecerá a classe. "Na minha perspectiva, a necessidade de se implantar as eleições diretas é ampliar a participação dos colegas na discussão da plataforma de campanha. Pois quem quiser ser dirigente da OAB Nacional terá que percorrer o país, apresentar as suas propostas e assumir compromisso com os colegas", afirmou.