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“A advocacia não é profissão para covardes”, diz o conselheiro Marcos Sampaio em solenidade na OAB-BA

Uma cerimônia de entrega de carteiras marcou a manhã da OAB da Bahia nesta quarta-feira (11/03). Com a presença de 78 advogados recém-formados, a solenidade aconteceu no auditório da seccional e contou com a participação do presidente da entidade, Luiz Viana Queiroz, do vice, Fabrício de Castro Oliveira, do conselheiro Marcos Sampaio, do advogado Roberto Rocha dos Santos, e de demais conselheiros seccionais e advogados.

Ao afirmar que “a advocacia não é uma profissão para covardes”, o paraninfo Marcos Sampaio falou sobre as lições que considera importantes para o exercício da carreira: “A escolha que vocês fizeram requer determinação, sentimento e amor à advocacia. Além disso, a nossa profissão também exige boa comunicação, comprometimento, ética e profissionalismo. Não há, no mercado, espaço para amadores. Ainda na advocacia, é importante saber cativar o cliente, destacando-se dos demais profissionais, respeitar o tempo - seja do juiz do processo ou dos colegas - e usar a tecnologia a nosso favor. E, acima de tudo, é preciso mirar-se nos exemplos”, ressaltou Sampaio.

Voltando a defender as prerrogativas, Luiz Viana falou sobre a importância das garantias para a defesa da sociedade: “As nossas prerrogativas não são para os advogados, são para o cidadão. Elas não são privilégios que temos. Elas existem para que tenhamos, juridicamente, autonomia, independência e liberdade, para dizermos e fazermos o que outros não podem, não querem ou não têm coragem de fazer”.

Ao lembrar que o Conselho Federal da Ordem lançou, recentemente, uma campanha de combate à corrupção, o presidente também falou sobre o posicionamento da seccional baiana acerca do tema: “A OAB da Bahia é contra todo e qualquer tipo de corrupção. Nós queremos que os corruptos sejam presos e punidos. Mas nós queremos que isto aconteça segundo o processo legal, obedecendo a garantias constitucionais, como a ampla defesa e a presunção de inocência. Portanto, em representação à OAB da Bahia, eu apoio as investigações para punir quem quer que seja, mas ressalto que isto tem que ocorrer segundo a normativa do Estado de Direito, não havendo, por exemplo, prisões provisórias que se eternizem, a não ser que haja a condenação”, explicou.

O tradicional hino nacional e a leitura do compromisso dos advogados encerraram a cerimônia.

Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)