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Presidentes manifestam preocupação e cobram ações sobre crise humanitária em Roraima

Gramado (RS) – Reunido na região da serra gaúcha na manhã desta sexta-feira (31), o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB manifestou enorme preocupação com a questão da entrada desenfreada de venezuelanos em Roraima e reforçou as cobranças ao governo federal por soluções efetivas ao drama humanitário vivido por brasileiros e venezuelanos. O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, visitou recentemente o Estado de Roraima. “Pude verificar in loco o que o povo roraimense vem passando. O governo federal está absolutamente perdido na situação. Os efeitos, já há muito tempo, são percebidos inclusive em outros Estados da Federação, sobretudo aqueles mais próximos geograficamente a Roraima. Resta claramente configurada uma crise humanitária, onde me chamou atenção o contingente de pessoas dormindo ao relento, o aumento da criminalidade, pessoas sem acesso à saúde, sem cuidados sanitários adequados, entre outros fatores”. Rodolpho Morais, presidente da OAB Roraima, também falou sobre a situação. “Quero instigar os colegas à profunda reflexão diante do quadro que o povo de Roraima tem passado com o fluxo desenfreado de venezuelanos. Mais de 50 mil pessoas já passaram pela fronteira e cerca de 30 mil destas estão na capital Boa Vista. Conclamo que cada um aqui pense num aumento de 10% da população da sua capital em menos de um ano e meio. O sentimento é aquele expressado pelo presidente Lamachia quando visitou o Estado: solidariedade federativa. Temos uma inércia do governo federal nessa problemática, o que obriga que o governo estadual e os governos municipais – principalmente de Boa Vista e Pacaraima – enfrentem a situação de forma corajosa”, disse. Rodolpho lembrou ainda que o processo de interiorização que o governo federal afirma realizar é ínfimo frente à demanda de imigrantes em Roraima. “Diariamente são aproximadamente 800 pessoas adentrando nosso Estado, vindas da Venezuela. Temos a exata consciência de lutar pelos direitos humanos do povo venezuelano, sofrido por conta do que vem passando, mas sobretudo precisamos ver o quanto o povo roraimense sofre”, ressaltou.

Fonte: CFOAB