OAB no Rádio repercute caso de advogada agredida por policiais militares em Vitória da Conquista
Para falar sobre a apuração do caso, o programa recebeu o presidente da subseção de Vitória da Conquista, Ronaldo Soares
O caso da advogada Ellen Silva Félix, agredida por policiais militares no exercício da profissão, foi tema do OAB na Rádio desta sexta (14). Para falar sobre o assunto, o programa recebeu o presidente da OAB de Vitória da Conquista, Ronaldo Soares.
No último dia 22 de abril, Ellen foi vítima de agressão física e verbal pelo soldado PM Luan Almeida Alcântara e outros policiais ainda não identificados da 80ª Companhia Independente da PM e Esquadrão Falcão, em Vitória da Conquista. Os fatos foram assistidos pelo delegado Hudson Luiz Alves Santana Santos.
Ronaldo afirmou que o ato foi "muito grave" e que atingiu não só a advocacia, mas toda a sociedade. O advogado também disse que o caso aconteceu na contramão da boa relação entre PM e OAB, fruto da ação isolada de um agente, que "extrapolou o exercício de sua profissão".
Questionado sobre a atuação da Ordem, o entrevistado informou que a OAB-BA aprovou um desagravo, marcado para o próximo dia 20, às 14h30, em Vitória da Conquista, e que a Seccional se reuniu com o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PMBA), coronel Paulo Coutinho.
"O comandante disse que a apuração já está em curso. A punição é algo que se espera da Polícia Militar, até pelo papel importante que ela exerce no Estado de Direito", ressaltou.
Ronaldo também falou sobre a importância de se assegurar o direito de a advocacia exercer sua profissão, uma vez que a Constituição prevê a indispensabilidade da classe. "Para trabalhar, precisamos de segurança", reforçou.
Sobre o caso específico da advogada Ellen, o presidente da subseção destacou a "pressão" sofrida pela colega no dia da agressão. "Era uma mulher trabalhando em um ambiente predominantemente masculino, com sete homens ao redor, no meio da noite. Enfim, houve uma pressão muito grande sobre a colega em todo o episódio", destacou.
O entrevistado afastou, ainda, a hipótese de revide da advogada agredida. “Nas imagens que foram divulgadas, é possível ver que ela ficou completamente passiva. A colega não exagerou nem afrontou os policiais. Ela simplesmente se retirou", observou.