OAB no Rádio debate saúde emocional da mulher
Programa recebeu a representante da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Lauro de Freitas Cinthia Faleiros
Como parte de uma série dedicada ao Mês da Mulher, o OAB no Rádio debateu, nesta sexta (12), a saúde emocional feminina. Para falar sobre o assunto, o programa recebeu a representante da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Lauro de Freitas Cinthia Faleiros.
O OAB no Rádio é realizado em parceria da Rádio ALBA, Seccional baiana e Fundação Paulo Jackson e vai ao ar na Rádio ALBA e no Instagram da OAB-BA.
Segundo Cinthia, além de homenagear as mulheres que conquistaram os direitos no passado, o Mês da Mulher serve para fazer coro à luta. "Mais que celebrar, precisamos aproveitar esse mês para nos situar e lutar para que nossos direitos não retrocedam", disse.
Sobre as homenagens prestadas pela OAB, a advogada destacou a campanha desenvolvida pela subseção de Lauro de Freitas, que contará com uma palestra no dia 15, às 19, no canal da Seccional do YouTube com o tema “saúde emocional e psíquica da mulher”.
"Aproveitamos o formato on-line para abordar um tema que contemple todas as mulheres, sem romantizar muito o seu trabalho, com jornadas duplas e triplas", explicou.
Cinthia disse que, além da sobrecarga, a campanha também busca tratar o posicionamento da mulher em relação ao mundo. "Isto porque, quando ela se sobrecarrega, ela acaba se perdendo, porque o cuidado é com os outros, não com ela. Precisamos, então, reforçar sempre nosso lado mulher", observou.
Outro ponto abordado pela entrevistada foi o preconceito de gênero no mercado de trabalho. Além da desigualdade histórica de salários, Cinthia trouxe dois novos tipos de desafios femininos: o manterrupting (quando a mulher é interrompida por homem) e mansplaining (quando um homem explica algo óbvio a uma mulher, como se ela não fosse capaz e entender). "É um 'garotinha', 'menininha', um 'meu bem' que só a gente sabe o que é", pontuou.
Na vida pessoal, o ideal de corpo perfeito, jovem e magro foi destacado pela advogada como uma prisão ao universo feminino. "A mulher acaba não se aceitando, não se amando, o que é uma pena, porque amar-se é revolucionário", concluiu.