Na manhã desta terça-feira (13), a OAB da Bahia realizou a cerimônia de entrega do Prêmio de Jornalismo Barbosa Lima Sobrinho 2022, conferido aos melhores trabalhos jornalísticos produzidos sobre temas relacionados aos direitos humanos, à democracia e ao acesso a direitos. Durante o evento, foram premiados oito jornalistas, que alcançaram os primeiros e segundo lugares dentro das categorias da premiação: fotojornalismo, jornalismo em vídeo, jornalismo em áudio e jornalismo em texto. 

Compuseram a mesa do evento a presidenta da OAB-BA, Daniela Borges; a vice-presidenta da OAB-BA, Christianne Gurgel; o diretor-tesoureiro da OAB-BA, Hermes Hilarião; o presidente  da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA, Eduardo Rodrigues; o vice-presidente da ABI, Luis Guilherme Pontes; a vice-presidenta do Sinjorba, Fernanda Gama e a representante da comissão julgadora, a jornalista Jaciara Santos.

A presidenta Daniela Borges abriu a cerimônia de premiação. “A gente sabe que não há democracia sem uma imprensa livre. É importante, nos dias de hoje, com as ameaças sofisticadas à democracia que temos sofrido, valorizarmos a imprensa séria, a imprensa livre. A OAB da Bahia completa 90 anos com esse compromisso de honrar nossa Constituição e a democracia, defendendo todos os seus pilares. E a imprensa livre é um desses”, discursou. 

“Eu não poderia deixar de registrar a minha alegria de estar participando deste momento, principalmente por estarmos unindo duas profissões de grandes dimensões humanas, a advocacia e o jornalismo, em torno de um valor que é tão caro para todos nós: a dignidade humana”, disse a vice-presidenta da OAB-BA Christianne Gurgel.

“Esse prêmio tem uma importância muito grande não só para a OAB, mas para a democracia e toda a sociedade brasileira. A OAB segue firme em defesa da democracia, da sociedade e da advocacia”, garantiu o diretor-tesoureiro da OAB-BA, Hermes Hilarião. 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional, Eduardo Rodrigues, que conduziu a cerimônia, destacou a preocupação da OAB-BA em valorizar o trabalho da imprensa. “O prêmio visa contemplar os trabalhos profissionais de jornalismo que tratam de direitos humanos, acesso à justiça e democracia. Neste ano tivemos um grande número de concorrentes. A intenção é que tenhamos um maior e melhor acesso a trabalhos jornalísticos de qualidade sobre esses temas”, assegurou.

Na categoria fotojornalismo venceram, em primeiro e segundo lugar, respectivamente, Felipe Iruatã do Metro1 (Morte na Gamboa) e Paula Rocha do Correio (Obituário do Bolsa Família). Em jornalismo em texto os vencedores foram Fernanda Santana (As duas mortes de um filho) e Bruno Cardoso (PMs são denunciados por morte de deficiente) ambos do Correio. Na categoria jornalismo em áudio foram premiados Paloma Morais da rádio Bandnews (Cinco pessoas são resgatadas por dia em condições análogas à escravidão) e Thaís Seixas da rádio Educadora (Episódio Televendas da série Caminhos do Trabalho). Por fim, venceram, na categoria jornalismo em vídeo, os jornalistas Giulia Marquezine, Lisboa Junior e Carolina Lima (Ocorrências de furtos famélicos mais que dobram em cinco anos na Bahia) em primeiro lugar e o jornalista Henrique Mendes, os cinegrafistas Tiago Ferreira e Cleriston Santana e a editora Ana Cristina Lima (Policiais suspeitos de invadir terrenos em Catu de Abrantes voltam a ser presos) em segundo. Todos os vencedores da categoria vídeo são da Rede Bahia.

Os que ganharam na primeira posição receberam diploma, medalha comemorativa do evento e um cheque no valor de R$5 mil. Já os que ficaram em segundo, ganharam diploma, medalha comemorativa do evento e um cheque no valor de R$3mil.

Integraram a comissão julgadora a vice-presidenta da OAB-BA, Christianne Gurgel; o presidente  da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA, Eduardo Rodrigues; o conselheiro federal da OAB-BA, Luiz Viana; a jornalista Jaciara Santos, indicada pelo SINJORBA (Sindicato dos Jornalistas da Bahia) e o jornalista Yuri Silva, indicado pela ABI (Associação Bahiana de Imprensa). 

Barbosa Lima Sobrinho

Político, advogado e jornalista pernambucano (22/1/1897). Como presidente da Associação Brasileira de Imprensa, é um dos mais importantes críticos do arbítrio e da corrupção no país durante o Regime Militar.

Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho nasce no Recife. Forma-se em direito na Faculdade do Recife em 1917 e trabalha como promotor e advogado. Muda-se para o Rio de Janeiro quatro anos mais tarde e torna-se redator do Jornal do Brasil, onde faz carreira.

É eleito deputado federal por Pernambuco em dois mandatos (1935-1937 e 1946-1948). Entre 1937 e 1945 ocupa o cargo de presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool e colabora na elaboração do Estatuto da Lavoura Canavieira.

Renuncia ao segundo mandato de deputado para assumir o governo de Pernambuco pelo Partido Social Democrático (PSD), em 1948. Um dos principais opositores do Regime Militar de 1964, candidata-se à Vice-Presidência da República em 1973 pelo MDB.

Em 1992 torna-se um dos líderes civis do movimento que resulta no impeachment do presidente Fernando Collor. Em 1997 lançaAntologia de Barbosa Lima Sobrinho, Cem Anos de Vida Lutando pelo Brasil, obra que reúne trechos de seus artigos, livros, conferências e discursos.

Ocupa várias vezes a presidência da Associação Brasileira de Imprensa no decorrer dos anos 70 e 80 sendo ainda membro da Academia Brasileira de Letras e Instituto dos Advogados Brasileiros e Instituto dos Advogados de São Paulo.

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OAB da Bahia entrega Prêmio Barbosa Lima Sobrinho a jornalistas baianos

Fotos: Angelino de Jesus/OAB-BA