OAB-BA oficia Guarda Municipal após episódio de violência contra ex-deusa do Ébano
Segundo Gisele Soares, um agente chegou a engatilhar uma arma em sua direção
A OAB da Bahia encaminhou ofício ao inspetor geral da Guarda Civil Municipal de Salvador, Marcelo Oliveira Silva, onde requer esclarecimentos acerca da atuação da corporação no episódio envolvendo a professora de dança afro e ex-deusa do Ébano, Gisele Soares.
Segundo relatado, Gisele foi vítima de violência por agentes, juntamente com um grupo de jovens negros, na última sexta-feira (11), na região do Centro Histórico de Salvador. A dançarina estava com um grupo de amigos quando foi abordada de forma agressiva. Um agente chegou a engatilhar uma arma em sua direção.
O ofício é assinado também pela Coordenação de Inclusão e Diversidade; Comissão de Direitos Humanos; Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher; Comissão de Combate à Intolerância Religiosa; e Comissão de Promoção da Igualdade Racial.
"Entendemos que a prática de racismo institucional e de violência de gênero devem ser repudiadas pelo poder público e por toda sociedade, que deve permanecer alerta e diligente para combater essa mazela social", diz o ofício.
Ainda de acordo com o documento, a narrativa evidencia práticas de racismo institucional, as quais devem ser apuradas e repudiadas pelo poder público e pela sociedade. "Não é admissível nem será tolerado esse tipo de violência e discriminação contra as mulheres negras em nosso estado", diz.