O mutirão carcerário em seis cidades de Goiás, na região conhecida do Entorno do Distrito Federal , resultou na concessão de 156 benefícios de liberdade. Os juízes analisaram 942 processos nas cidades goianas de Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas, Luziânia, Novo Gama, Valparaíso e Cidade Ocidental. Do total de liberdades concedidas, 17 eram de presos já condenados (com pena definida) e 139 de provisórios, que ainda não haviam sido julgados. A cidade de Luziânia foi onde a equipe encontrou a maior quantidade de processos criminais com um total de 291 casos. Desses, 18 tinham direito à liberdade. Já a cidade onde houve mais liberdade de presos foi em Águas Lindas com 40 solturas, seguida de Valparaíso, com 34, e Novo Gama com 21.

A região do Entorno do Distrito Federal foi escolhida pelo Tribunal de Justiça de Goiás e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para realização da primeira etapa do mutirão de Goiás, que aconteceu entre os dias 16 e 25 deste mês. As demais Comarcas do Estado receberão o esforço concentrado para análise dos processos criminais entre os dias 17 de agosto e 16 de outubro.

O mutirão carcerário de Goiás contou com a colaboração dos defensores públicos do Distrito Federal e da União. A ajuda foi negociada pelo CNJ e o TJGO devido ao fato de que Goiás é um dos Estados brasileiros que não possui Defensoria Pública. Ao todo, 12 defensores públicos do DF participaram do mutirão no Goiás e, segundo o subdiretor da Defensoria Pública do DF, Stéfano Borges Pedroso, esses defensores devem participar da segunda etapa do mutirão no Estado.

Os mutirões coordenados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já resultaram na liberdade de 3.487 presos até esta segunda-feira (29/06). Ao todo, já foram realizados mutirões nos Estados do Rio de Janeiro, Piauí, Pará, Maranhão e Tocantins. Atualmente acontece mutirões nos Estados do Amazonas, Espírito Santo e Alagoas.