Diretoria da Seccional e ABAT protestam contra greve no TRT5
A Diretoria da OAB-BA, representada pelo Presidente Saul Quadros, o Vice-Presidente Antônio Menezes, o Secretário - Geral, Nei Viana, o Secretário-Geral Adjunto, André Godinho, o Presidente da ABAT, Ricardo Caribé, conselheiros seccionais da OAB-BA e da ABAT, além de centenas de advogados, participaram na manhã da última quinta-feira (1.12) de um protesto realizado em frente ao prédio da Justiça do Trabalho, no Comércio. Os advogados, de braços cruzados, entoaram o grito "Queremos trabalhar".
O protesto foi realizado por conta da greve dos servidores da Justiça do Trabalho, que completou seis meses. A preocupação dos advogados é que, desde o início da paralisação, a Justiça do Trabalho tem funcionado de forma precária, com um número mínimo de servidores. "A greve está completando seis meses. Uma situação absolutamente insustentável e altamente prejudicial não só para a advocacia, mas para aqueles que batem à porta do TRT", afirmou o presidente da OAB-BA.
Ainda segundo o Presidente da Seccional, a greve já causou enorme prejuízo não só para a população, como também para a Justiça baiana. "A Justiça do Trabalho da Bahia foi rebaixada do alto grau de importância para grau médio por conta da paralisação, da falta de distribuição das reclamações trabalhistas e publicações de sentença. Isso significa que poderá o TRT da 5a Região passar a ter menos servidores, ter reduzido o número de juízes auxiliares das varas do interior bem como ter a supressão de assessores e juízes auxiliares em Salvador. O ano de 2012 vai sofrer um impacto negativo muito grande por causa de uma minoria de pessoas radicais que continuam insistindo na paralisação da prestação de serviços".
Saul Quadros lembrou ainda que a situação já está nos tribunais para que a própria Justiça obrigue os servidores a dar um ponto final à paralisação. "Demos entrada com uma ação arguindo a ilegalidade da greve. Lamentavelmente a Justiça Federal na Bahia deu-se por incompetente para apreciar o processo, encaminhando-o para Brasília, onde ficou parado durante muito tempo. O processo se encontra em mãos da Desembargadora Federal Angela Maria Catão Alves, desde 6 de outubro, esperando por sua decisão. A Justiça tem sido lenta a respeito desse pedido feito pela OAB e ABAT", afirmou.
Para Ricardo Caribé, o movimento não é contra os servidores, mas pela busca de soluções para a greve que vem prejudicando o andamento do trabalho dos advogados. "Vivenciamos hoje um dia histórico", afirmou.