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Advogados de Serrinha marcham por Mais Justiça

Depois de Jacobina, Barreiras e Feira de Santana, foi a vez dos advogados de Serrinha protestarem contra a crise do Judiciário baiano. A Subseção da OAB de Serrinha, no nordeste do estado, com o apoio da OAB da Bahia, promoveu na manhã desta quarta-feira (30) uma mobilização pelas ruas da cidade para denunciar a morosidade e a desorganização do Judiciário na região. Além da falta de juízes e servidores, a falta de estrutura do Fórum Luiz Viana Filho e a má prestação jurisdicional, em desrespeito à advocacia e à sociedade. Participam do ato público "Mais Justiça" o vice-presidente da OAB da Bahia Fabrício Oliveira e o presidente da Subseção de Serrinha Sabino Gonçalves Neto.

Segundo Sabino Gonçalves Neto, a mobilização em Serrinha foi decidida no último Colégio de Presidentes de Subseções da OAB da Bahia e teve como objetivo apresentar à sociedade a situação caótica da Justiça nesta e nas outras 30 subseções da OAB no estado da Bahia. "O Tribunal de Justiça da Bahia demonstra não ter condições de manter a estrutura que se propõe a manter. Uma audiência de conciliação no juizado de Serrinha está sendo marcada para daqui a um ano. No meu escritório, tenho audiência marcada para março de 2018. Um prazo de cinco anos, o que é inadimissível. Essa Justiça lenta não é Justiça, é injustiça. Se o Tribunal não conseguir melhorar a prestação jurisdicional será melhor que feche logo as portas. Então é contra esta Justiça morosa, ineficaz, que nós estamos protestando", declarou Sabino.

A caminhada começou às 9h na Praça Morena Bela, seguiu pela Av. Manoel Novais, passou pela Câmara dos Vereadores e pela Praça Luiz Nogueira e parou em frente ao Fórum Luiz Viana Filho, onde os advogados realizaram um ato público comunicando a pauta de reivindicações. A juíza de Direito Maria Angélica Carneiro, que se encontrava no fórum no momento da manifestação, se dirigiu aos manifestantes e leu uma nota de esclarecimento, na qual apresentava relatório de atendimentos. A manifestação contou com o apoio de lideranças sociais, políticas e religiosas como o vice-prefeito Gika Lopes, o bispo diocesano de Serrinha Dom Ottorino Assolari e os diretores do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Jorge Cardoso e Luiz Sales.