Advogados africanos vão conhecer Judiciário brasileiro
Um grupo de 20 advogados africanos de nações integrantes da União dos Países de Língua Portuguesa (UALP) está no Brasil para participar do III Programa de Capacitação e Estágio Profissional para Jovens Advogados. O programa consiste na realização de estágio profissional em escritórios de advocacia, além de cursos, palestras e viagem a Brasília para conhecer o funcionamento do Judiciário brasileiro, inclusive os Tribunais Superiores.
Promovido pelo Conselho Federal da OAB em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o programa busca estreitar as relações socioculturais, econômicas e de cooperação jurídica não somente entre a OAB e os advogados visitantes, mas também entre os países e suas instituições públicas ou privadas.
Os 20 advogados (representando as Ordens de Advogados de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) serão divididos em cinco grupos de quatro cada um. Eles vão ser recebidos por cinco seccionais da OAB. Os cursos e palestras são ministrados principalmente pelas Escolas Superiores de Advogacias (ESAs) do sistema OAB.
Para o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, que preside também a UAL até final deste ano, o programa de capacitação é fundamental para o fortalecimento da advocacia que tem em comum a língua portuguesa e demonstra a preocupação dos advogados brasileiros com o aprimoramento dos conhecimentos de seus colegas africanos. "É importante que os advogados da língua portuguesa, que representamos 25% da advocacia mundial, estejamos cada vez mais forte unidos a partir da nossa língua comum, trocando experiência, aprimorando e qualificando, de forma a continuar tendo o respeito e a credibilidade mundial", afirmou.
Além dos 20 advogados que a OAB recebe atualmente, 40 profissionais do Direito de países africanos de língua portuguesa já receberam formação, dentro do I e o II Programa de Capacitação e Estágio Profissional de Jovens Advogados da UALP.
Outra etapa do projeto prevê a ida de jovens advogados brasileiros para conhecer o sistema judiciário de países africanos. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.