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"Estamos propondo uma reviravolta no conceito de aula", diz Cínzia Barreto

Quebra de paradigmas também foi mencionada pela presidente da Comissão de Educação Jurídica na idealização do II Seminário de Educação Jurídica da OAB-BA

Foi aberto, nesta segunda (31), o II Seminário de Educação Jurídica, que acontece até esta quarta (02) discutindo o tema "Currículo em Movimento", com inscrição pelo site da Escola Superior da Advocacia (ESA-BA) e transmissão pelo canal da ESA-BA no Youtube.

Para falar sobre o seminário, o OAB no Rádio desta terça (1º) recebeu a responsável pela organização do evento, Cínzia Barreto, presidente da Comissão de Educação Jurídica da OAB da Bahia. 

Ao destacar a importância do seminário, Cínzia afirmou que um dos diferenciais do evento são seus palestrantes. "A gente tratou de convidar os membros locais da comissão, pessoas do interior e de fora da Bahia e referências na área de Educação Jurídica", disse.

A advogada também falou sobre a importância dos temas debatidos na abertura do evento, com destaque para o painel sobre Pesquisa Empírica, e informou que novos importantes assuntos serão discutidos nesta terça. 

"Hoje, teremos uma mesa maravilhosa, que vai tratar sobre a Arte na formação em Direito, uma mesa bastante concorrida e desejada. Também teremos um painel sobre o Papel da Educação Jurídica no enfrentamento dos problemas que afetam o trabalho doméstico, que é muito importante para nossa realidade", ressaltou.

No último dia do seminário (02), dois debates marcarão a programação do evento, de acordo com Cínzia. "Discutiremos a transversalidade de gênero no Ensino Jurídico e, para encerrar, a Virtualização de aulas x acesso à educação, porque queremos saber de que maneira tem funcionado a aula não só na rede privada, mas pública também", explicou.

Para dar cabo de uma programação vasta e plural, a advogada disse que contou com uma parceria de peso: a Escola da Advocacia (ESA). "Eles abriram as portas para nos receber e estão brilhando na realização do evento, ao lado da equipe de Comunicação da OAB", explicou.

Questionada sobre o que a motivou a organizar o seminário, Cínzia disse que foi a vontade de propor "uma reviravolta no conceito de aula", com a "quebra de paradigmas na Educação Jurídica". 

"Precisávamos discutir que tipo de aula estamos ministrando e qual o formato dessa sala de aula. As discussões sobre os recortes de exclusão, por exemplo, é algo que também precisa chegar à sala de aula como discussão", explicou.

Ao tratar dos elementos que impactam a Educação jurídica, Cínzia destacou o papel "transformador" da pesquisa. "O conhecimento nos chega organizado cientificamente, mas você precisa buscá-lo na fonte. A proposta, então, é que a gente aprenda a fazer pesquisa no curso de Direito, para poder fazer intervenções efetivas na sociedade", concluiu.