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[ESA-BA dá início a Formação de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência]

ESA-BA dá início a Formação de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência

Curso reunirá, até esta quarta, advogadas baianas para debater questões, como rede estadual de enfrentamento à violência contra a mulher e legislação atual


Como parte das comemorações da OAB da Bahia ao Mês da Mulher, a Escola Superior de Advocacia da Bahia (ESA-BA) deu início, nesta terça (15), à Formação de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência. Realizado no auditório da ESA, o curso reunirá, até esta quarta (16), advogadas baianas para debater questões, como a rede estadual de enfrentamento à violência contra a mulher, legislação atual e vulnerabilidades raciais e socioeconômicas. Participaram da mesa de abertura diretoras e representantes da Ordem.

Ao dar boas-vindas às advogadas, a diretora-geral da ESA-BA, Cínzia Barreto, disse que o curso já começa com sucesso, dado o interesse revelado pelas 144 inscrições. "A ESA participa dessa atividade, entendendo a necessidade e a perspectiva de que a formação deve ser continuada", disse.

A vice-presidenta da OAB-BA, Christianne Gurgel, também comemorou a adesão das advogadas ao evento e afirmou que "o curso é de uma preciosidade incrível, porque reflete o exercício diário da luta pela igualdade e respeito".

A presidenta da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher, Renata Deiró, disse que a violência doméstica está em todos os lugares e que é imprescindível estar preparar para agir nesses casos. "Esse curso foi pensado justamente para que que as advogadas possam se empoderar e replicar ensinamentos ligados a questões, como a Lei Maria da Penha", explicou.

No mesmo sentido, a vice-presidenta da comissão, Fernanda Barbosa, ressaltou que a realização do curso só foi possível, porque a OAB da Bahia conta com mulheres unidas e comprometidas com uma advocacia mais humanizada e voltada aos problemas da profissão.

Com discurso sobre a conscientização da advocacia, a presidenta da Comissão da Mulher Advogada, Daniela Portugal, destacou a importância da educação como vetor de mudança social. "Quando nos incomodamos com alguma coisa, a gente se mobiliza para modificá-la. Neste contexto, a mulher advogada tem a missão de se mobilizar e se informar para mudar a realidade que a atinge", pontuou.

O evento, também, contou com presença de autoridades, como a delegada da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, Bianca Torres. Ao lamentar que a violência contra a mulher ainda seja frequente, Bianca disse que é preciso mudar. "Todos os dias, recebemos uma média de 25 a 30 mulheres vítimas de violência doméstica. Precisamos quebrar esse ciclo de violência.  Por isso é tão importante esse curso que a OAB da Bahia está promovendo hoje", disse.

O curso segue durante todo o dia, debatendo temas como "Importância da advogada no atendimento à mulher vítima de violência doméstica", "Lei Maria da Penha e suas recentes alterações" e "Legislação penal e processual penal aplicáveis ao combate à violência doméstica".

Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)