"Agora nós somos uma ilha cercada de gaúchos por todos os lados", brincou o ministro Sidnei Beneti, ao saudar o ministro Paulo de Tarso Sanseverino em seu primeiro dia como integrante da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em sessão de julgamento ocorrida na manhã desta quinta-feira (12), para análise de processos remanescentes de sessões passadas, o novo magistrado foi recebido com entusiasmo pelos demais colegas, que não pouparam elogios à qualificação técnica do juiz natural do Rio Grande do Sul.

"A experiência, cultura, bagagem doutrinária de destaque e ampla visão do ministro Paulo Sanseverino, reconhecidamente um dos julgadores mais profícuos e cultos de seu estado natal, é motivo de alegria para todos nós", afirmou o presidente da Turma, ministro Massami Uyeda. A Terceira Turma, agora, está com a sua composição completa: cinco magistrados, sendo três deles oriundos do Rio Grande do Sul e dois de origem paulista. "Isso é o mais interessante do Tribunal da Cidadania: soma as diferenças regionais para formar uma unidade nacional", salientou o presidente.

A ministra Nancy Andrighi fez uso da palavra para dar boas-vindas ao colega e fez questão de ressaltar que não estava falando como decana da Turma, mas como conterrânea e amiga do novo ministro Sanseverino: "Nesse 11º ano de STJ, é um presente ter o ministro Paulo ao meu lado. Ele é o meu anjo da guarda. Que possamos, todos juntos, humanizar a Justiça brasileira", disse.

Na presença da esposa e dos filhos de Sanseverino, que estavam presentes entre o público que assistia à sessão, o desembargador convocado gaúcho Vasco Della Giustina também saudou o amigo de longa data: "Na esteira do ministro Ruy Rosado, é um prêmio para o STJ ter em seus quadros alguém que tem as qualidades que ele tinha. O Tribunal recebe um ministro à altura de sua importância".

Emocionado, Paulo Sanseverino retribuiu os elogios: "É com muito orgulho que passo a integrar a Terceira Turma, órgão julgador que goza de imenso prestígio no mundo jurídico". O novo ministro, que é magistrado de carreira, salientou que chegar ao STJ é o sonho de todo juiz. "Acredito que o STJ passou a ser chamado de Tribunal da Cidadania devido aos avanços obtidos nos julgamentos envolvendo Direito Privado. A minha preferência sempre foi por essa Turma e, nesse caso, não poderia estar mais realizado", concluiu.