"Quando a advocacia não consegue trabalhar, quem paga é o cidadão", diz Luiz Coutinho
Em entrevista ao OAB na TV, presidente da CAAB cobrou reabertura do TJBA e falou sobre os 75 anos da Caixa
O presidente da Caixa dos Advogados (CAAB), Luiz Coutinho, foi o entrevistado do OAB na TV desta quarta (02). Entre os temas, o programa abordou os 75 anos da Caixa e a situação do Judiciário baiano.
Apresentado por Milena Barreto, o OAB na TV é realizado em parceria com a Fundação Paulo Jackson e Assembleia Legislativa da Bahia e vai ao ar todas as quartas-feiras, no perfil da Seccional no Instagram.
Antes de começar a entrevista, Coutinho aproveitou o espaço para lamentar o falecimento do ex-presidente da OAB-BA, Saul Quadros. "Saul foi uma pessoa que devotou a vida à advocacia e que, hoje, nos deixou, perdendo a batalha para a Covid. Ficam aqui nossos pêsames. A Ordem e a Caixa estão mais tristes hoje", lamentou.
Feito o registro, Coutinho abriu a entrevista falando sobre a alegria de estar à frente da CAAB nos 75 anos da instituição. "Estou muito feliz de, em meio à pandemia, ter esse desafio de estar presidindo a Caixa e cuidando do advogado, que é o verdadeiro papel da entidade", destacou.
Para atender a classe, Coutinho explicou que, além da assistência material e dos auxílios já existentes na Caixa, como o funeral e o natalidade, a atual gestão criou outros benefícios.
"Criamos o auxílio-Covid para o colega que não puder trabalhar por causa da doença. Também ampliamos a ajuda psicológica e temos mais postos dedicados à advocacia que passa por esse momento difícil", explicou.
Ainda entre os serviços, Coutinho destacou a criação de um auxílio para as advogadas vítimas de violência doméstica e de um auxílio-alimento. "Tivemos grande adesão dos colegas que estavam precisando complementar a renda e chegamos a distribuir cerca de seis toneladas de alimento", pontuou.
Os serviços de imunização também tiveram destaque na atual gestão, conforme explicou Coutinho. Segundo o advogado, o programa de vacinação já existia na CAAB, mas era "tímido". "Demos uma incrementada e, nos últimos dois anos, vacinamos 15.600 advogados e vamos vacinar mais 15 mil", informou.
Ao falar sobre a crise que atinge o Judiciário baiano, Coutinho disse que fica triste de ver os "colegas no dia a dia passando por dificuldades, travando guerra para sobreviver".
O advogado também criticou o atendimento direcionado à advocacia e cobrou a reabertura do Judiciário baiano, seguidos os protocolos de segurança sanitária. "Os servidores do TJBA não estão de férias. Quando a advocacia não consegue trabalhar, quem paga é o cidadão, que não consegue ter seus direitos atendidos", concluiu.