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Depois de quase dois anos, "OAB Vai à Escola" retorna à sala de aula

Esta foi a primeira edição presencial do projeto desde a pandemia

Depois de quase dois anos afastado das salas de aula, o projeto "OAB Vai à Escola" teve sua primeira edição presencial realizada nesta quarta (30). Coordenado pela advogada Eliasibe Simões, o projeto foi implantado na OAB da Bahia em 2008 com a proposta de conscientizar alunos das escolas públicas sobre a importância dos direitos humanos e da cidadania, por meio de palestras e debates realizados por advogados voluntários nas salas de aula. Este ano, as inscrições para os advogados voluntários estão sendo feitas pelo e-mail [email protected]

Realizada no Colégio Central, em Nazaré, a visita desta quarta (30) foi primeira desde a pandemia e contou com as presenças da conselheira Federal Silvia Cerqueira e de representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA, além da presidenta nacional do Instituto de Planejamento Familiar (IPFAM), Ana Clara de Carvalho Polkowski.

Eliasibe não escondeu a emoção de voltar à sala de aula. “É uma alegria muito grande retomar as atividades presenciais do projeto, em especial no mesmo colégio onde tudo se iniciou”. Ela também esclareceu que, mesmo durante a pandemia, o projeto não parou. “Produzimos material gravado junto com a Escola de Advocacia e, com a ajuda da Secretaria de Educação, promovemos lives para os estudantes tirarem as dúvidas com os palestrantes sobre os temas ali tratados”, explicou.

Sobre o papel de conscientização da iniciativa, Eliasibe disse que “a educação para os direitos humanos fortalece a democracia, promove a justiça, a cidadania e a dignidade humana e reforça os princípios republicanos do Estado Democrático de Direito, previstos na Constituição Federal”.

Palestrante do projeto, a conselheira federal Sílvia Cerqueira também destacou sua felicidade em interagir com centenas de jovens e adolescentes, levando a mensagem de que a escola e o conhecimento são ferramentas de transformação social, política e jurídica.

Sílvia elogiou, ainda, o projeto e disse que ele possibilita que os alunos avancem para além da educação bancária. “A iniciativa ajudar a preparar crianças e adolescentes para exercerem a sua plena cidadania, acessando a literatura jurídica com noções básicas de Direitos Humanos, Direito Constitucional, Direito Penal, entre outros, com o objetivo de serem partícipes de uma sociedade mais fraterna, humana, sem violência e mais solidária”, disse.

Direitos Humanos em pauta

Uns dos principais temas abordados nas palestras foram os Direitos Humanos e suas implicações. À frente da comissão da seccional que nomeia o tema, o advogado Eduardo Rodrigues falou sobre a satisfação de poder conversar com os jovens e disse que o dia muito produtivo.  “Nossa palestra foi sobre Direitos Humanos no dia a dia, o que gerou boa participação e debates”, informou.

Também com palestra sobre o tema, a representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA Salete Nascimento disse que se sente honrada em levar os conhecimentos jurídicos básicos e necessários para garantir aos cidadãos, em especial aos alunos das escolas públicas, seus direitos e deveres na sociedade. 

No mesmo sentido, Ana Carolina Chaves, também integrante da comissão, destacou a felicidade de poder levar aos alunos do Colégio Central temas que envolvem a defesa dos direitos humanos. “Foi uma troca muito significativa entre os palestrantes e os alunos, que puderam expor suas ideias em um debate muito proveitoso. O projeto segue com força para introduzir nas escolas um espaço de apoio, acolhimento e discussão”, reforçou.

Futuro melhor

As palestras também contaram com a participação de advogados e representantes de outras instituições, como da presidenta nacional do Instituto de Planejamento Familiar (IPFAM), Ana Clara de Carvalho Polkowski, que destacou a alegria de ver "jovens com tanta vontade de aprender e de participar de forma ativa na construção de um país melhor para todos”.

O advogado Marcos Alan Hora declarou que o projeto alimenta a alma. “Com meu mais sincero sentimento, renovei as minhas esperanças de um país melhor, que seja igualitário, justo e mantenedor da efetiva dignidade da pessoa humana”, disse.
  
Representando o Colégio Central, o vice-diretor da instituição, professor Jesus Góes Orge, agradeceu a participação de todos e disse que espera poder contar com a parceria do projeto para futuros temas que estiverem em pauta.