Para assinar essa petição no Avaaz, clique aqui.

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Bahia (OAB-BA), a Associação Comercial da Bahia (ACB), o Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME), a Comissão Nacional da Mulher Advogada, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL-BA), Confederação Nacional dos Jovens Empresários (CONAJE), unem forças a outras entidades em apoio a todas as mulheres e crianças afegãs, principais causas da crise humanitária que se instalou no país desde uma retomada do poder político pelo grupo fundamentalista Talibã.

Com o declínio da ajuda internacional ao Afeganistão e a retirada das tropas norte-americanas, que lá estavam desde 2001, aumentou drasticamente o relato de violência contra mulheres e crianças, conforme registrado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados.

Já os casos de casamentos forçados de meninas e viúvas com guerrilheiros do Talibã, bem como imposição do radicalismo islâmico que resulta em abusos aqueles que buscam valer a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim, mulheres são proibidas de frequentar escolas, votar, trabalhar ou até mesmo sair de casa desacompanhadas de um homem, sob pena de punições que podem chegar à morte.

Apesar de bastante grave, a situação não está sendo tratada com a devida urgência por organismos internacionais competentes. De modo que essa iniciativa, a qualifica as instituições supracitadas assinam, ganha ainda mais procurada no sentido de despertar como autoridades para esse retrocesso e clara violação das garantias fundamentais.

Essas instituições, alinhadas aos princípios da valorização da igualdade de gênero, seguindo a adoção de medidas concretas por parte das autoridades sem formas de fiscalizar o cumprimento da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de discriminação contra a Mulher da ONU. Além disso, repudiam veementemente o reconhecimento do governo Talibã.

É inadmissível se calar ou permanecerá passivo diante deste quadro em que está inserido o Afeganistão hoje. Entendemos que o problema que o país atravessa trata-se de uma crise mundial e que, portanto, exige uma formação de todos e todas para ser solucionado, sobretudo daquelas mulheres que, graças aos esforços de muitas vezes que já passaram por aqui, possuem hoje um lugar de fala.

Essa luta por respeito e valorização da mulher é antiga e, cada vez mais, exige sororidade, empatia e sentimento de pertencimento à causa. Afinal de contas, como frisou a escritora e ativista norte-americana Audre Lorde, não há liberdade enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que sejam diferentes as correntes que a aprisionam.

Fabrício de Castro Oliveira
Presidente OAB Bahia

Daniela Borges
Presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada

Mário Dantas
Presidente da ACB

Rosemma Burlacchini Maluf
Vice-presidente da ACB
Coordenadora do CEME Bahia

Ricardo Alban
Presidente da FIEB

Maria Brasil Pereira
Presidente da CONAJE

Humberto Miranda
Presidente da FAEB

Pedro Failla
Presidente da FCDL Bahia

Para assinar essa petição no Avaaz, clique aqui.