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Projeto "Catadoras de Luxo: heroínas (in)visíveis" ganha livro após documentário e exposição

Obra da advogada Laíze Lantyer Luz, membro da Comissão de Proteção do Meio Ambiente, tem apoio da OAB-BA

A editora Navida, idealizada pela advogada Laíze Lantyer Luz, membro da Comissão de Proteção do Meio Ambiente da OAB-BA e criadora do Projeto Ecowomen, está lançando o livro "Catadoras de Luxo: heroínas (in)visíveis", resultado do documentário e da exposição homônimas criadas, roteirizadas e produzidas pela advogada para inscrever imagens e vozes dessas agentes ambientais em suportes culturais que possam conscientizar a sociedade.

A obra participou, inicialmente, do livro “Direito à Emancipação Sustentável ou obsolescência humana? As Catadoras de Luxo em uma Sociedade Lixo Zero". Agora em edição independente, o livro de Laíze Lantyer Luz, que surgiu como exposição fotográfica e roteiro de documentário,  desenvolve os registros selecionados durante a realização do projeto como um artifício para sensibilizar a sociedade, através da arte, para o tema da educação ambiental. 

A OAB-BA é uma das entidades que apoiaram a pesquisa e a publicação. Daniela Borges, presidenta da seção baiana, destacou a relevância do tema: "O projeto Catadoras de Luxo é uma alegria para a OAB-BA. Entender o processo de invisibilidade e obsolescência dessa categoria profissional como fruto do analfabetismo ambiental da sociedade é um processo lento, difícil, mas necessário para o desenvolvimento da nossa cidadania participativa."

Christianne Gurgel, vice-presidenta da OAB-BA, apontou a pertinência da publicação em prol do déficit de justiça implícito na atividade das catadoras: "Quem precisa de justiça não pode esperar. A OAB-BA atua e apoia projetos em defesa dos direitos humanos, econômicos e ecológicos de todos, e, neste sentido, está honrada em participar dessas iniciativas voltadas àquelas agentes ambientais".

Responsável pela iniciativa, Laíze Lantyer Luz realçou o compromisso que o assunto demanda daqueles que se preocupam com o futuro: "Sabemos que a nossa jornada juntos neste planeta é mais importante do que os nossos títulos. E que tempo é oportunidade de aprendizado. O intuito é que as imagens e vozes dessas agentes ambientais possam servir de alerta, sensibilizar e educar analfabetos ambientais que vivem no luxo. Por isso, convido a todos(as) para exercerem o direito ao delírio em imaginar uma cidade lixo zero inclusiva", completou.

O projeto conta, ainda, com o apoio do Ministério Público e da Defensoria Pública, através do Núcleo de Atendimento Multidisciplinar à População em Situação de Rua - o NUGAM.