Em meio à crise causada pela pandemia do coronavírus, o Banco do Nordeste e a Seccional Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil firmam uma parceria com o objetivo de oferecer produtos de crédito aos  escritórios de advocacia do nosso estado. 

Agora, todas as 59 agências do BNB na Bahia, sendo nove na Região Metropolitana de Salvador (RMS), estão aptas a negociar os produtos financeiros de capital de giro e investimento com a advocacia. O convênio terá vigência de dois anos podendo ser prorrogado.  

O superintendente do Banco do Nordeste, José Gomes, ressalta que o empréstimo só pode ser feito em nome de pessoa jurídica, ou seja, CNPJ. O superintendente frisa ainda que é necessário ter tido faturamento fiscal entre janeiro e dezembro de 2019, ou nos últimos 12 meses, e que o limite de crédito varia entre 10 e 15% desse faturamento fiscal anual.

Os produtos oferecidos pelo banco à advocacia estão com valores bem abaixo do praticado no mercado. O capital de giro possui taxa de juros de 2,5% ao ano - o que considerando a inflação equivale a uma taxa de juros negativa em termos reais - possui valor pré-fixado e o pagamento pode ser feito em até 24 meses incluindo o período de carência, que vai até 31/12/2020. 

Sobre os investimentos, os escritórios poderão financiar computadores, reformas, móveis e demais equipamentos, inclusive aqueles investimentos realizados nos últimos seis meses, com juros de 4,3% ao ano, até 10 anos para pagar  incluindo um prazo de carência de até 24 meses.

"Estamos oferecendo um dinheiro muito barato. É muito importante essa parceria com a OAB da Bahia porque esse vínculo aumenta o poder de penetração do banco. A OAB-BA, enquanto entidade de classe, é quem está mais próxima dos advogados e por isso tem um canal direto com esses profissionais que estão no nosso público alvo", disse José Gomes.

De acordo com o presidente da OAB-BA, Fabrício Castro, a medida é fundamental para a sobrevivência dos escritórios, uma vez que a pandemia agravou os problemas do dia a dia da advocacia. "Pequenos escritórios estão ainda mais prejudicados e, por isso, necessitam de créditos para investimento e capital de giro", afirmou.