Seminário “Quem mandou nascer mulher?” discute desafios do universo feminino
Com o objetivo de discutir alguns dos principais desafios enfrentados pelo universo feminino, a OAB da Bahia, através da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher, promoveu, na última sexta-feira (06/03), o seminário "Quem mandou nascer mulher?". Com painéis sobre temas, como saúde, violência e trabalho feminino, o evento foi realizado na Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes (ESA-BA), como parte da programação voltada às comemorações do Dia da Mulher (8 de março). Participaram do seminário o presidente do Instituto Latino Americano de Direitos Humanos, Dimitri Sales, a médica sanitarista Grecie Menezes, os conselheiros Waldir Santos, Orman Ribeiro Filho e Thaís Bandeira e a presidente da Comissão da Mulher, Andrea Marques.
“Este evento teve como principal missão chamar a atenção da sociedade para a luta contra o machismo e a defesa dos direitos das mulheres, para que todas elas possam viver em condições de igualdade, de respeito e de liberdade. Hoje, as mulheres ainda sofrem com o machismo, a violência e a privação dos exercícios do direito do corpo. Elas ainda recebem menos que os homens e são marcadas pela gravidez, vista como um problema pelas empresas”, ressaltou Dimitri Sales.
Sobre os avanços conquistados pelas mulheres, Dimitri destacou a Lei Maria da Penha como um divisor de águas: “A lei conseguiu estimular a criação de uma outra cultura, com outro modelo de punição aos agressores, tornando-a um grande instrumento para o enfrentamento da violência doméstica”, complementou.
Além da Maria da Penha, a palestrante Gracie Menezes também ressaltou outras conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos, como “a escolarização, a inserção no mercado de trabalho e o reconhecimento do papel feminino”: “Entretanto, mesmo com os avanços, ainda existem permanências de desigualdade social, ligadas à sobrecarga do trabalho doméstico, às discriminações de gênero e à violência contra a mulher, que precisam ser superadas. Nós ainda estamos em guetos ocupacionais de trabalho, ganhamos menos que os homens e somos alvos de violência de gênero. Então, a superação de todos estes problemas é algo que a sociedade deve, historicamente, à mulher", ressaltou.
Ainda sobre os desafios, Thaís Bandeira destacou o machismo como um dos principais obstáculos femininos enfrentados na atualidade: “Nosso maior desafio é vencer o machismo, a ideia de que o homem é superior e tem lugar garantido no mercado de trabalho, e conciliar nossa dupla jornada de trabalho, dentro e fora de casa”, disse.
“Existe uma opressão à figura da mulher, que precisa ser refletida não apenas pelo Estado, mas por todos nós. Daí a importância de nós chamarmos os advogados, os estudantes de Direito e o cidadão, para debatermos estatísticas e conteúdos ligados ao universo feminino”, complementou Orman.
Para Andrea Marques, a violência e a injustiça são os dois principais problemas que afligem o universo feminino nos dias atuais: “A violência contra a mulher ainda existe em vários âmbitos — na saúde, no trabalho, em casa e na rua. Mas o mais interessante deste tema é o fato de que, toda vez que a mulher é alvo de injúria e difamação, a sociedade tenta imputar a ela a responsabilidade pelo seu próprio destino, pela sua má sorte. Precisamos responsabilizar, de fato, o algoz dessa mulher e parar de impor papéis às pessoas, principalmente a ela, que sempre foi vítima da História”, finalizou.
“Este evento teve como principal missão chamar a atenção da sociedade para a luta contra o machismo e a defesa dos direitos das mulheres, para que todas elas possam viver em condições de igualdade, de respeito e de liberdade. Hoje, as mulheres ainda sofrem com o machismo, a violência e a privação dos exercícios do direito do corpo. Elas ainda recebem menos que os homens e são marcadas pela gravidez, vista como um problema pelas empresas”, ressaltou Dimitri Sales.
Sobre os avanços conquistados pelas mulheres, Dimitri destacou a Lei Maria da Penha como um divisor de águas: “A lei conseguiu estimular a criação de uma outra cultura, com outro modelo de punição aos agressores, tornando-a um grande instrumento para o enfrentamento da violência doméstica”, complementou.
Além da Maria da Penha, a palestrante Gracie Menezes também ressaltou outras conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos, como “a escolarização, a inserção no mercado de trabalho e o reconhecimento do papel feminino”: “Entretanto, mesmo com os avanços, ainda existem permanências de desigualdade social, ligadas à sobrecarga do trabalho doméstico, às discriminações de gênero e à violência contra a mulher, que precisam ser superadas. Nós ainda estamos em guetos ocupacionais de trabalho, ganhamos menos que os homens e somos alvos de violência de gênero. Então, a superação de todos estes problemas é algo que a sociedade deve, historicamente, à mulher", ressaltou.
Ainda sobre os desafios, Thaís Bandeira destacou o machismo como um dos principais obstáculos femininos enfrentados na atualidade: “Nosso maior desafio é vencer o machismo, a ideia de que o homem é superior e tem lugar garantido no mercado de trabalho, e conciliar nossa dupla jornada de trabalho, dentro e fora de casa”, disse.
“Existe uma opressão à figura da mulher, que precisa ser refletida não apenas pelo Estado, mas por todos nós. Daí a importância de nós chamarmos os advogados, os estudantes de Direito e o cidadão, para debatermos estatísticas e conteúdos ligados ao universo feminino”, complementou Orman.
Para Andrea Marques, a violência e a injustiça são os dois principais problemas que afligem o universo feminino nos dias atuais: “A violência contra a mulher ainda existe em vários âmbitos — na saúde, no trabalho, em casa e na rua. Mas o mais interessante deste tema é o fato de que, toda vez que a mulher é alvo de injúria e difamação, a sociedade tenta imputar a ela a responsabilidade pelo seu próprio destino, pela sua má sorte. Precisamos responsabilizar, de fato, o algoz dessa mulher e parar de impor papéis às pessoas, principalmente a ela, que sempre foi vítima da História”, finalizou.
Fotos: Angelino de Jesus (OAB-BA)