Notícias

[

"Não adianta colocar selo, porque isso não chega para quem precisa de justiça", diz Adriano Batista sobre TJBA

O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas cobrou a retomada das atividades do TJBA no OAB no Rádio

Audiência e interação não faltaram ao OAB no Rádio desta terça (16). Em entrevista com a participação de dezenas de advogados, o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas, Adriano Batista, falou sobre a recém-lançada campanha da OAB-BA, "Quem precisa de Justiça não pode esperar".

Veiculada na mídia, a campanha defende a retomada imediata do funcionamento presencial do TJBA, seguindo todos os protocolos sanitários recomendados, e o acesso da advocacia aos magistrados. 

Segundo Adriano, a advocacia não aguenta mais "viver nessa situação por um período tão longo de tempo, sem que sejam tomadas posições". "O tribunal apostou que a Covid ia acabar, o que não aconteceu, e ele ficou perdido, sem saber que solução tomar para atender a advocacia e a sociedade", pontuou.

O advogado disse, ainda, que "a situação perdeu o controle" e criticou os selos de produção distribuídos pelo TJBA. "Não adianta colocar selo de grandes resultados, porque isso não chega para quem precisa de justiça. Ou você oferece uma Justiça efetiva ao cidadão ou a impressão que fica é de que ela não funciona", reclamou.

Adriano também destacou que o fim do recesso da advocacia e a segunda onda da pandemia fizeram com que a campanha ganhasse ainda mais amplitude. “Isto porque ficou mais claro que o tribunal precisa mudar de atitude ou não iremos caminhar", explicou.

Em resposta a um comentário do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Adriano afirmou ter empatia pelos servidores. "Nós sabemos que eles estão sobrecarregados e somos solidários. Mais uma vez, a culpa é da gestão do TJBA. É uma questão histórica", observou.

O advogado disse, ainda, que "a OAB-BA não é call center do TJBA". "Precisamos tirar o peso das queixas que são endereçadas ao tribunal, mas acabam sendo recebidas pela seccional. O TJBA terceirizou o setor de queixas para OAB-BA sem pagar nada. É preciso que eles atendam essas queixas", reclamou.

Adriano encerrou a entrevista afirmando que é preciso haver diálogo. " O tribunal tem se mostrado incompetente para decidir seus próprios caminhos Se não tiver diálogo em larga esfera para discutir sua gestão, não vamos a lugar nenhum. A gestão do TJBA é de interesse da sociedade também”, concluiu.