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Membro da Comissão de Prerrogativas da OAB-BA explica prisão de advogado com drogas

A Ordem dos Advogados do Brasil – seção Bahia (OAB-BA) agiu rápido com relação ao caso do advogado Manoel José de Almeida, preso em flagrante na tarde de sexta-feira (22) ao tentar entrar no Complexo Penitenciário do Estado da Bahia, na Mata Escura, com drogas e chips de celulares.
De acordo com a polícia, Almeida portava uma sacola objetos de higiene pessoal e, durante a revista, agentes descobriram cocaína e maconha em cinco tubos de pasta de dente e 30 chips de celular escondidos em uma barra de sabão. O advogado alegou não saber do material e afirmou que estava indo visitar pela primeira vez Genivaldo Xavier dos Santos, que sequer era seu cliente.
O advogado, que alegou que a sacola foi entregue pela esposa do detento, Ana Jamile Santos dos Santos, na quinta-feira (21), foi preso em flagrante na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e depois encaminhado à Polinter. A Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-BA procurou o Judiciário para tentar provar que a situação era equivocada. De acordo com o advogado Juscelino Júnior, Secretário da Comissão, no domingo (25) pela manhã, “tanto o promotor quanto o Juiz entenderam a história e mandaram soltar o advogado”.
Juscelino alega que Manoel José de Almeida foi “vítima de uma trama criminosa, pois era dia de visita e as famílias não tinham acesso aos presos. Por isso, uma pessoa pediu para o advogado entregar suprimentos de higiene pessoal”. Essa pessoa seria a esposa do interno, mas ela não foi encontrada pela polícia. O membro da OAB fez questão de ressaltar que esse tipo de favor, em que o advogado entrega objetos da família aos internos, é comum, mas não é recomendado pela OAB.
A polícia vai continuar investigando para tentar ver quem é o culpado da história para que possa ser enviado o caso ao Ministério Público. A partir daí, salienta Juscelino Júnior, “ele poderá ser ou não indiciado”. Ele completou: “Mas o processo poderá ser arquivado sob a alegação de que não houve intenção de tráfico, pois ele não sabia da droga. Ele sequer era advogado do cliente. Ele estava em negociação e a família lhe pediu um favor”.